Como uma História Ganha Vida na Mente do Escritor

Alguns segredos da escrita criativa! 😏

Todo escritor enfrenta o desafio de manter o fluxo criativo durante o desenvolvimento de narrativas. Acredite, leitores, não é tão simples quanto parece! Mas por que é tão difícil?

Geralmente, os autores têm ideias iniciais que são apenas esboços do que desejam que suas histórias se tornem. Como autor, gosto de pensar que, ao conceber uma trama, criamos um esqueleto narrativo. Conhecemos as estruturas fundamentais da obra que ainda habita nossa mente. A partir daí, o trabalho mental é intenso para adicionar o que ela precisa para viver: músculos, sangue, pele e uma aparência cativante.

Vamos usar essa comparação para entender como uma história original sai da nossa caixola e chega às suas mãos.


Dando Vida à Narrativa: Os Músculos da História

Assim como os músculos possibilitam o movimento do esqueleto, alguns elementos são indispensáveis para que uma história dê seus primeiros passos. Os dois principais são:

  • O Protagonista: Uma boa obra literária não funciona sem um bom protagonista. Pode ter a premissa mais intrigante e criar grande expectativa no leitor, mas se o personagem principal for desinteressante, a história não avança. Leitores não se importam com o que acontecerá a alguém com quem não se conectam. Por outro lado, se a conexão leitor-protagonista for estabelecida, a imersão é garantida.
  • Reviravoltas: Algumas histórias começam em um contexto caótico, e conhecemos um protagonista que não merece passar por aquilo, torcendo para que ele resolva tudo. Outras narrativas envolventes iniciam de forma idílica – o sol brilhando, pássaros cantando, problemas zero – até que o conflito surge. A partir da primeira reviravolta, as coisas podem melhorar ou piorar – ou até melhorar e piorar novamente! Uma boa dosagem desses eventos impede que um bom personagem principal fique preso em um mundo maçante e afugente os leitores.

O Sangue que Flui Pela Trama: Desenvolvimento

Neste ponto, precisamos planejar o curso dos acontecimentos, onde entram as ações dos personagens. Para onde irão? Por quê? O que acontecerá lá? Para lidar com essas questões, o escritor criativo faz bem em manter em vista o objetivo que ele imaginou no início.

É nessa fase que acontece uma das coisas mais interessantes e prazerosas para o autor: mais ideias surgem, como se estivessem ali o tempo todo, mas meio ocultas nas sombras. Você esboçou o básico: o início, o protagonista e o fim. Então, depois de dar forma a mais algumas coisas, você percebe que aquilo o levará ao objetivo final, mas precisará adicionar novos elementos. É quando sua mente, com esse “empurrãozinho”, abre um leque de possibilidades, e seus dedos não param de digitar!


Refinando a Aparência da Obra: O Gran Finale

Antes que a narrativa chegue ao seu desfecho, o autor precisa decidir como será o gran finale. Isso é crucial para moldar os acontecimentos finais e não deixar pontas soltas. Uma base comum para isso — e que eu gosto de usar em minhas criações — é o próprio leitor. Como ele vai se sentir ao terminar a história?

Não é incomum o escritor começar e desenvolver a obra pensando no que ele mesmo gosta. Mas ele também quer que outras pessoas leiam e gostem de sua criação. Então, ele precisa pensar nelas. Afinal, poucas pessoas ficam felizes com histórias impactantes que destroem o universo e os personagens aos quais se apegaram por centenas de páginas!


Essa é a minha perspectiva sobre o processo de criação literária. Você é (ou quer ser) autor? Comente abaixo se se identificou com alguma dessas etapas e divida com a gente como suas ideias caminham na sua cabeça!

Deixe um comentário